Arrelia
Waldemar Seyssel

Jaguariaiva, Paraná, 1905 - Rio de Janeiro, 2005

Acrobata, saltador, trapezista, barrista, malabarista, ator e palhaço. Filho de Ferdinando Seyssel (palhaço Pinga Pulha) e Otília Fernandes, Waldemar pertence à terceira geração. Consta que a família descendia de nobres do antigo Condado de Seyssel, próximo a Grenoble, na França. Profissionalizou-se como palhaço excêntrico aos dezessete anos, mas somente cinco anos mais tarde adotou o apelido de Arrelia, que em espanhol significa zanga, rixa. Presença marcante na cultura brasileira, atuou por décadas nos circos Seyssel e Piolin, que mantinham duas lonas fixas na capital paulista, uma no Largo da Pólvora e outra próximo à praça Marechal Deodoro. Seu avô paterno Julio Seyssel era músico e professor de educação física, e fugiu de casa para se casar com uma jovem equestre e malabarista, filha de um dono de circo. Os Seyssel chegaram ao Brasil com o Circo Charles Brothers que foi armado em São Paulo. Quando o avô foi para o Chile, o pai e o tio Vicente montaram o Circo Irmãos Seyssel que ficou para Waldemar e seus irmãos. Em 1953, estreou no programa "Circo do Arrelia" na antiga TV Paulista, que viria a ser a TV Record. Ali, armou uma lona no pátio da emissora, e formou a dupla Arrelia e Pimentinha com o sobrinho Walter Seyssel, com quem contracenou até 1974. É o criador do bordão "Como vai, como vai, como vai? Muito bem, muito bem, muito bem", sucesso entre as crianças da época. Eternizado como Arrelia, foi o primeiro palhaço a aparecer na televisão brasileira. Escreveu mais de cem esquetes, e foi diretor, roteirista, cenógrafo e figurinista. Arrelia fez dupla com diversos palhaços, entre eles Feliz Batista, o irmão Henrique Seyssel e o sobrinho Walter Seyssel. De 1969 a 1974 foi diretor da Comissão Estadual de Circo da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. É autor de O Menino que queria ser palhaço, entre outras obras.

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