Jamelão
Fidelis Sigmaringa da Silva Nascimento

São Fidélis de Sigmaringa, Rio de Janeiro, 1947

Jamelão, 2016. Fotógrafo Luciano Bogado.

Ator e palhaço. Cursou o Primário. Era conhecido como Diamante Negro e fazia números de laços e chicotes, facas, pirofagia, perna de pau, escada e magia. Mesmo tendo sido forçado a trabalhar em outras profissões, o circo sempre veio ao seu encontro. Em 1957, o Circo-Teatro Estrela Azul (Wilson Paracampos, o Canelas) passou em sua cidade. Para obter alguns trocados começou a trabalhar como vendedor e encarregado de compras durante a temporada. Outros circos também passaram pela cidade, como o Peruano (família Alvarado), onde conheceu Orlando Azevedo, Olímpico (Alfredo Silva) e Bartholo. Aos treze anos, mudou-se com a família para Palmatória, ao norte do Rio de Janeiro, pois o pai deixara a profissão de cabuqueiro para trabalhar na lavoura. Um dia ouviu um carro de propaganda anunciando o último espetáculo da temporada do Gran Circo Real Argentino (Antonio França e Vital). Ele aproveitou para pedir um emprego dizendo que conhecia Canelas e Orlando Azevedo. O primeiro capataz deste circo chamava-se Velho Alvino e o segundo, Tresquino. Enquanto trabalhava nesse circo, viu a chegada da companhia argentina Cao Polican. Após quatro anos, abandonou o circo e foi trabalhar em uma empresa de terraplenagem também no interior do estado do Rio. Em 1967, estava empregado em uma fazenda de cana de açúcar, quando novamente ouviu um alto falante anunciando o Circo Orlando Azevedo, o mesmo em que estivera e aprendera faquirismo. A partir de então decidiu dedicar-se à vida artística. Trabalhou nos circos London Circus e California (Detefon), Circo-Teatro Jurema (Jurema e Milton Pernilongo), Jorge Botinha e Derci, Canelas e Dalva (posteriormente Circo-Teatro Rosana, em homenagem a filha do casal), Irmãos Marques (Antônio e Jair Marques), Giglio (Tuta), Fantástico (Pilombeta) e Pan-Americano (Charles Barry). De 1977 a 1984 foi artista, capataz e chefe da contrarrregragem do Circo Garcia. Desde 1984 é funcionário Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro. Casou com Cheila Adriana Vitorino Teixeira, com quem teve cinco filhos, sendo três falecidos: Aparecida Neiva Teixeira Nascimento e Rogerson William que residem na Suécia onde trabalham em parque de diversões.

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