Ciclista acrobático. Apaixonado por ciclismo, nos finais de semana costumava alugar bicicletas de Seu Noé, no Recife, que lhe deu o apelido de "pé de ferro" e o incentivou a competir. Pé de ferro adquiriu a primeira bicicleta após ganhar um prêmio em uma prova ciclística na segunda categoria. Com a vitória, foi chamado pelo Esporte Clube do Recife, que emprestou a ele uma bicicleta alemã para correr, e assim, passou para a primeira categoria. Foi campeão pernambucano invicto por três anos consecutivos. Participou do campeonato brasileiro de ciclismo em São Paulo, na corrida 9 de Julho, correu a primeira volta do estado do Rio de Janeiro, de 1410 quilômetros e a corrida de Vitória, no Espírito Santo, entre outras, sempre representando a Federação Pernambucana de Ciclismo. Após esse período, começou a passar necessidade e abandonou a bicicleta para trabalhar de pedreiro. Pouco tempo depois, assistiu com o amigo Ivanildo ao Circo Irmãos Temperani, que estava armado no Parque Treze de Maio em Recife. Ivanildo era tecelão e também gostava de ciclismo, tornando-se posteriormente ciclista acrobático. Inspirados com o número de bicicleta executado por quatro homens e quatro mulheres, ambos adaptaram suas bicicletas conforme as do circo e começaram a ensaiar aos domingos, tentando repetir o número dos artistas. Novamente precisando de dinheiro, começou a mostrar suas habilidades na rua da Guia, localizada no cais do porto do Recife, onde se apresentou durante dois anos. Em seguida, fez exibições em Garanhuns, Caruaru, Joao Pessoa, Natal, Fortaleza e em Maceió. Posteriormente, se tornou artista do Circo Hong Kong (Garrido e Carioca), até ser contratado pela fábrica de bicicletas Monark para fazer apresentações de divulgação. Anos depois, foi proprietário do Circo Pé de Ferro, que percorreu o estado da Bahia durante oito anos. Após encerrar suas atividades artísticas, fixou residência em Camaçari, onde fabrica e comercializa peças de vidro nas feiras livres.